Dicas para viver bem a Quaresma

Chegamos
ao segundo ponto para a vivência da Quaresma. Oração. É tempo de rezar
mais e melhor. É na quaresma que se faz cada sexta-feira a via-sacra.
São 7 sextas-feiras. A última é a sexta-feira da paixão. O conselho pra
todo mundo é: não perder as celebrações dominicais em sua comunidade.
Rezar diariamente. Ter cada dia seu momento de oração pessoal. Rezar.
Audição
da Palavra de Deus, Oração. Já foram duas dicas. Lá vai a terceira.
Jejum. Ninguém se assuste. Não é de agora que a Igreja nos pede o jejum.
Todas as religiões que se prezam recomendam esta prática. O jejum,
durante a quaresma, está marcado para os católicos para a quarta-feira
de cinzas e a sexta-feira da paixão. E abstinência de carne todas as
sextas-feiras da quaresma. O jejum educa a gente, vocês sabem disto.
Ajuda a quebrar o nosso egoísmo, a nossa presunção, o nosso orgulho.
Sobretudo nos ensina a solidariedade. Porque jejum que se preze é
partilha: a gente passa para quem está com fome aquilo que nós deixamos
de comer. E é aí que está a novidade do jejum dos cristãos: jejuar é,
sobretudo, repartir com os famintos e necessitados o nosso alimento.
Três
coisas já foram lembradas: Audição da Palavra de Deus, Oração, Jejum. E
lá vai a quarta: Realizar gestos de fraternidade. Fazer concretamente
alguma coisa pelos outros que precisam mais. Os profetas falavam de
partilha de comida, da roupa, da água... Jesus fala do faminto, do
sedento, do doente, do encarcerado, do maltrapilho... quem for fraterno
com estes irmãos e irmãs, está sendo fraterno com o filho de Deus, Jesus Cristo. Por isso na quaresma também se fala de esmola. Mas, muita
gente fica pensando logo num trocado que se dá a alguém. E a esmola de
que se fala na quaresma é a partilha dos nossos bens com quem está
passando necessidade.
Com
a graça de Deus temos, no Brasil, a Campanha da Fraternidade, que
justamente tem o seu momento forte na Quaresma. Assim, ninguém pode
confundir gesto de fraternidade com apenas uma feirinha que se dá, ou
uma ajudinha financeira a uma família pobre. A Campanha da Fraternidade
cada ano aponta onde Jesus está esperando nosso gesto de fraternidade. A
Igreja está nos apontando, neste ano, a juventude. Os jovens esperam de
nós, que somos Igreja, o acolhimento, o testemunho, o apoio. Eles
querem conhecer mais Jesus Cristo, eles querem ocupar o lugar deles na
Igreja e na Sociedade.... é no compromisso com a vida e a salvação da
juventude que o Senhor Crucificado e Ressuscitado está esperando ser
acolhido, amado e servido. Por nós. Nesta Quaresma. E sempre.
Pe. João Carlos Ribeiro
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