Saudação da CNBB ao Novo Papa
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, em entrevista coletiva
concedida à imprensa, na tarde desta quarta-feira, 13 de março,
apresentou a saudação oficial da CNBB ao papa Francisco I.
leiaa saudação na íntegra:
SAUDAÇÃO DA CNBB AO NOVO PAPA
“Bendito o que vem em nome do Senhor!”(Sl 118,26)
Tomada
pela alegria e espírito de comunhão com a Igreja presente em todo o
mundo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB eleva a Deus
sua prece de louvor e gratidão pela eleição do novo Sucessor de Pedro,
Sua Santidade Francisco I.
O
tempo e as circunstâncias que antecederam a eleição de Francisco I
ajudaram a Igreja a viver intensamente a espiritualidade quaresmal, rumo
à vitória de Cristo celebrada na Páscoa que se aproxima. O momento é de
agradecer a bondade de Deus pela bênção de um novo Papa que vem para
guiar os fieis católicos na santidade, ensiná-los no amor e servi-los na
humildade.
A
eleição de Francisco I revigora a Igreja na sua missão de “fazer
discípulos entre todas as nações”, conforme o mandato de Jesus (cf. Mt
28,16). Ao dizer “Sim” a este sublime e exigente serviço, Sua Santidade
se coloca como Pedro diante de Cristo, confirmando-Lhe seu amor
incondicional para, em resposta, ouvir: “Cuida das minhas ovelhas” (cf.
Jo 21,17).
Nascido
no Continente da Esperança, Sua Santidade traz para o Ministério
Petrino a experiência evangelizadora da Igreja latino-americana e
caribenha.
A
expectativa com que o mundo acompanhou a escolha do Sucessor de Pedro
revela o quanto a Igreja pode colaborar com as Nações na construção da
paz, da justiça, da igualdade e da solidariedade.
Ao
novo Papa não faltará a assistência e a força do Espírito Santo para
cumprir esta missão e aprofundar na Igreja o dom do diálogo, em uma
sociedade marcada pela pluralidade e pela diversidade, e o compromisso
com a vida de todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus
Cristo.
Ao
saudá-lo no amor de Cristo que nos une e na missão da Igreja que nos
irmana, asseguramos-lhe a obediência, o respeito e as orações das
comunidades da Igreja no Brasil, para que seja frutuoso o seu Ministério
Petrino.
Com toda Igreja, confiamos sua vida e seu pontificado à proteção da Virgem Maria, mãe de Deus e mãe da Igreja.
Bem-vindo Francisco I! A Igreja no Brasil o abraça com amor!
Dom Belisário José da Silva Dom Leonardo Ulrich Steiner
Arcebispo de São Luis Bispo Auxiliar de Brasília
Vice Presidente da CNBB Secretário Geral da CNBB
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O cardeal argentino e arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio,
de 76 nos, foi eleito o novo pontífice da Igreja Católica Apostólica
Roma. A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina, às 15h05, no
Brasil (horário de Brasília), 19h05, em Roma. O novo Pontífice se
apresentou ao mundo, às 16h22 e convidou todo o povo para rezar em
intenção ao Papa Emérito, Bento XVI. O anúncio “Habemus Papam” foi
pronunciado pelo cardeal diácono mais velho, 70 anos, Jean-Louis
Tauran.
Confira a biografia do Papa Francisco:
Data de nascimento. Nasceu em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936.
Educação. Estudou e se
diplomou como técnico químico, mas ao decidir-se pelo sacerdócio
ingressou no seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958 passou ao
noviciado da Companhia de Jesus, estudou humanas no Chile, e em 1960,
de retorno a Buenos Aires, obteve a licenciatura em Filosofia no Colégio
Máximo São José, na localidade de San Miguel. Entre 1964 e 1965 foi
professor de Literatura e Psicologia no Colégio da Imaculada da Santa
Fé, e em 1966 ditou iguais matérias no Colégio do Salvador de Buenos
Aires. Desde 1967 a 1970 cursou Teologia no Colégio Máximo de San
Miguel, cuja licenciatura obteve.
Sacerdócio. Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote. Em 1971 fez a terceira aprovação
em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973, sua profissão
perpétua. Foi professor de noviços na residência Villa Barilari, de San
Miguel (anos 1972/73), professor na Faculdade de Teologia e Consultor
da Província e reitor do Colégio Máximo. Em 31 de julho de 1973 foi
eleito provincial da Argentina, cargo que exerceu durante seis anos.
Esteve na Alemanha, e ao voltar, o superior o destinou ao Colégio de
Salvador, de onde passou à igreja da Companhia, da cidade de Córdoba,
como diretor espiritual e confessor. Entre 1980 e 1986 foi reitor do
Colégio Máximo de San Miguel e das Faculdades de Filosofia e Teologia da
mesma Casa.
Episcopado. Em 20 de maio
de 1992, João Paulo II o designou bispo titular da Auca e auxiliar de
Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano recebeu na Catedral primaz a
ordenação episcopal, e foi promovido a arcebispo auxiliar de Buenos
Aires em 3 de junho de 1998. De tal sé arcebispal é titular desde em 28
de fevereiro de 1998, quando se converteu no primeiro jesuíta que chegou
a ser primaz da Argentina.
É Ordinário para os fiéis
de rito oriental residentes na Argentina e que não contam com Ordinário
de seu próprio rito. Na Conferência Episcopal Argentina é
vice-presidente; e como membro da Comissão Executiva é membro da
Comissão Permanente representando à Província Eclesiástica de Buenos
Aires. Integra, além disso, as comissões episcopais de Educação Católica
e da Universidade Católica Argentina, da que é Grande Chanceler. Na
Santa Sé, forma parte da Congregação para o Culto Divino e a disciplina
dos Sacramentos, e da Congregação para o Clero.
Cardinalato: Criado cardeal presbítero em 21 de fevereiro do 2001;
recebeu a barrete vermelha e o título de São Roberto Belarmino.
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